Ei, me diga! Como é a sua alimentação?
Você para pra observar o que come antes de se alimentar?
Ou melhor, você realmente observa com cuidado o que coloca no seu carrinho de supermercado e abastece a sua dispensa?
Consegue perceber quando come algo por situações de estresse, como uma válvula de escape?
É comum que, com o “corre corre” do dia a dia essa atenção acabe ficando de lado, não é mesmo?
Mas, algumas outras perguntas para seguirmos adiante!
Você se sente 100% com sua saúde?
Por exemplo, tem disposição para fazer as atividades da rotina no mesmo pique desde de manhã até a noite? Tem energia para fazer exercício regularmente? Tem memória e concentração em nível excelente, libido a todo vapor, bom humor, intestino funciona regularmente? Está com peso saudável?
Se, para alguma das perguntas, ficou um “cri cri cri” na sua mente…
Então, eu te convido a observar o que anda comendo!
Muitas vezes, apenas o fato de colocar atenção nas escolhas de alimentos, já pode ser um grande passo para melhorar a alimentação e, consequentemente, controlar o peso e melhorar a qualidade de vida.
Por isso, hoje em dia, muito tem se falado sobre a “Alimentação Consciente”!
Essa é uma abordagem que visa, não apenas seguir um cardápio restritivo, mas, além disso, sugere que o ato de comer seja realizado com atenção plena para que as escolhas se tornem conscientes.
Esse conceito contempla, além de um olhar com bom senso para a qualidade da alimentação, a percepção do que está por traz das escolhas (como emoções, sentimentos, experiências culturais e o prazer com equilíbrio), tudo de maneira respeitosa, inclusive, com a própria cadeia de produção, buscando analisar opções que sejam mais cuidadosas para com o meio ambiente (orgânicos) e livre de substâncias nocivas ao corpo (aditivos e conservantes, por exemplo).
Há duas visões bem interessantes nesse sentido, o Mindfulness Eating e o movimento Slow Food.
O Mindfulness compreende que o momento de comer deve ser apreciado com presença e atenção. Desse modo, sugere que se evite comer com pressa, em momentos de estresse, com o celular ou assistindo TV. E é importante uma percepção do sabor, aromas e texturas dos alimentos, mastigando devagar e saboreando cada pedaço. Sendo uma maneira de educar a mente para verificar a real necessidade, ou o real desejo, de se comer aquilo que se escolhe inicialmente.
Na prática, há uma busca por educar-se a comer o que se tem vontade, mas com equilíbrio e bom senso. É interessante perguntar-se se realmente há uma verdadeira sensação de fome nas horas das refeições ou beliscos, assim como se ficou a sensação de satisfação ao finalizar.
Já o movimento Slow Food sugere que o alimento que comemos deve ter bom sabor; deve ser cultivado de maneira limpa, sem prejudicar nossa saúde, o meio ambiente ou os animais; e os produtores devem receber o que é justo pelo seu trabalho.
O princípio básico do movimento é o direito ao prazer verdadeiro da alimentação, utilizando produtos artesanais de qualidade especial e, de preferência, regionais e da época; e que sejam produzidos de forma que respeite tanto o meio ambiente quanto as pessoas responsáveis pela produção, os produtores.
O Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no mundo, por exemplo, os fast foods, e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, se tornando coprodutores.
Nessas duas abordagens, o interessante é que não há dogmas nas escolhas do que comer, mas, sim, uma percepção de valorizar o alimento, o corpo, a saúde e tudo que contempla a comida. E, mesmo que a pessoa escolha comer produtos de origem animal, por exemplo, pode-se preferir processos mais respeitosos, que vão além de apenas visar o lucro industrial em larga escala.
Uma maneira bem legal de cultivar essas visões é o ato de cozinhar. Perceba que fazer um pão ou um iogurte caseiro, ou até mesmo uma sobremesa com ingredientes naturais e frescos, orgânicos e sem aditivos químicos, já faz com que a alimentação seja muito mais rica nutricionalmente, mais saborosa e benéfica ao corpo e até mesmo a mente e ao espírito!
Eu sugiro que você possa repensar sobre sua alimentação se comer pra você seja apenas um ato automático, sem consciência. Viva cada garfada, cada mordida e cada gole daquilo que consome como uma dádiva e como seu melhor investimento para viver e envelhecer com qualidade e cheia de energia.
Receitas Slow Food (fonte: site – slowfood)
Tabule de arroz selvagem com castanha de caju
Ingredientes:
- 1 xícara (chá) de arroz selvagem
- 2 tomates sem pele e sem semente
- ½ xícara (chá) de hortelã picado
- 1 pepino grande sem a semente, cortado em cubos pequenos
- ½ colher (chá) de canela em pó
- 100g de castanha de caju em lascas
- 30ml de suco de limão
- 100ml de azeite
- 1 cebola picada finamente
- 1 xícara (chá) de salsinha picada
- 1 pitada de pimenta síria
- sal e pimenta-do-reino a gosto
Modo de Preparo
Cozinhe o arroz com água e sal até que comece a ficar al dente. Reserve. Junte o pepino, os tomates picados, a cebola e acrescente a salsinha, o limão, a hortelã, o arroz selvagem pré-cozido, o azeite, o sal e a pimenta. Misture bem e reserve. Disponha o tabule em pratos individuais. Salpique-os com lascas de castanha de cajuzinho e decore com ramos de hortelã.
Risoto de bacalhau com pequi
Ingredientes
- Legumes aromáticos (3 cenouras, 3 cebolas, 1maço de alho poró, 2 cabeças de alho e 2 talos de salsão).
- 250gr de arroz arbóreo
- 20 ml de azeite
- 200g de bacalhau dessalgado;
- 50 g de lascas de pequi
Modo de preparo
Caldo de legumes – Picar os legumes, colocar para ferver e deixar cozinhar por aproximadamente 40min. Deixar no fogo fervendo para fazer o risoto.
Arroz arbóreo – Refogar o arroz arbóreo com o azeite e deixar cozinhar por 10min no caldo de legumes mexendo sempre até estar cozido. Tirar do fogo e colocar em um recipiente para esfriar (parar o cozimento)
Em outra panela refogar o bacalhau até ficar dourado.
Acrescentar o arbóreo cozido e as lascas do pequi.
Mexer sempre e cozinhar mais 5 minutos sempre colocando o caldo de legumes. Colocar o caldo aos poucos para não perder o ponto do risoto.